O deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) escreveu artigo para a revista Carta Capital, falando sobre suas lembranças dos estudos bíblicos na Igreja Católica, que segundo ele, o levava a uma “religiosidade saudável”, como pano de fundo para uma crítica às lideranças cristãs contrárias às bandeiras que ele levanta.
Wyllys afirma que sua educação formal e familiar o impediu de “ler a Bíblia ao ‘pé da letra’” e que
por isso, não se tornou um “fundamentalista”.Jean Wyllys descreve como fundamentalistas os opositores das reivindicações dos ativistas gays, e afirma que esses líderes “costumam evocar trechos do Levítico e da Carta de Paulo aos Romanos, em que há referências à homossexualidade segundo as sucessivas traduções pelas quais passaram os textos, para justificar suas injúrias e outras violências que praticam contra os homossexuais, mas ignoram os longos trechos do Levítico que recomendam sacrifício de animais e oferenda de suas vísceras e de seu sangue”.
Falando sobre o Velho Testamento, Wyllys diz que “os fundamentalistas ignoram, de modo providencial, todos os trechos da Bíblia em que há defesa e promoção da escravidão, linchamento, tortura e assassinatos cruéis de pessoas quando a evocam (a Bíblia) para justificar suas injúrias e outras violências contra os homossexuais”.
O deputado, dentro de sua linha de raciocínio, cobra das lideranças evangélicas que se posicionem dentro do que a Bíblia “recomenda”: “Se é para ser fundamentalista, que Malafaia, João Campos, Magno Malta, Eduardo Cunha, Crivella e quejandos defendam também assassinatos, escravidão e tortura contra aqueles que não são ‘servos do Senhor’, já que a Bíblia os recomenda! Ou será que ainda não o fazem por que não tomaram o poder de todo?”.