Com a morte do ditador Kim Jong II, da Coréia do Norte, os olhos da
comunidade internacional se voltaram para o país, esperando que seu
sucessor, seu filho Kim Jong Un, iniciasse um processo de abertura
política. A esperança de que o novo comandante de país diminuísse, ou
eliminasse de vez, uma série de restrições para os cidadãos foi
reforçada quando proibições sobre alimentos ocidentais, como pizza e
batatas fritas, e as restrições ao uso de telefones celulares, por
exemplo, chegaram ao fim.
- O novo governante foi mostrado na televisão estatal, sorrindo
estranhamente e visitando um parque de diversões – explica Ryan Morgan,
analista do International Christian Concern, sobre a postura exibida por
Kim Jong Un.
Porém apesar da mensagem de esperança de um futuro de tolerância no
país, Morgam afirma que nenhuma melhoria foi notada na condição da
igreja cristã perseguida no país comunista. De acordo com o analista, um
cristão fiel e toda sua família ainda podem ir para a prisão no país
pelo crime de possuir uma Bíblia.
- Não ouvimos qualquer relato de melhora para os cristãos no país e
não temos motivos para acreditar que alguma coisa mudou – afirma.
De acordo com o WND, o analista comentou sobre o recente relatório da
Comissão Sobre a Liberdade Religiosa Internacional, que afirma que o
regime norte-coreano está cada vez mais tratando as religiões como
“ameaças potenciais à segurança do país”. Ele falou também sobre os
campos de concentração, para onde esses religiosos acabam sendo
enviados.
- O regime norte-coreano ainda tem mais de 70.000 cristãos aprisionados em campos de concentração – detalha.
Segundo o ministério Portas Abertas, a Coreia do Norte ainda está em
primeiro lugar na lista dos maiores perseguidores dos cristãos no mundo.
No país, qualquer forma de adoração à outra pessoa além do ‘Grande
Líder’ (Kim II-Sung) e do “líder supremo” (Kim Jong-II) é vista como
traição.
- Acredita-se que pelo menos 25% dos cristãos esteja definhando em
campos de trabalho forçados por que se recusaram a adorar o fundador da
Coreia do Norte, Kim II-Sung [avô do atual líder – afirma ainda o
ministério, que ressalta também que cerca de dez milhões de habitantes
do país estão desnutridos, e milhares de pessoas estão sobrevivendo
apenas comendo grama e cascas de árvore. - Gospel +.